terça-feira, 5 de maio de 2009

O principal inimigo do Brasil é o brasileiro

Caros do Grupo,

O principal inimigo do Brasil é o brasileiro

O Brasil continua a ser um país mal administrado, e não é de ideologia que necessitamos, mas sim de liberdade e compromisso:

  1. Liberdade, de forma que o brasileiro possa explorar suas potencialidades e não se deixar escravizar por parasitas sociais, impondo-nos uma excessiva carga tributária, uma das mais altas do mundo. Temos um Estado que se caracteriza como sendo um péssimo prestador de serviços e um ótimo recebedor de tributos.
  2. Compromisso com o futuro do país, deixando de administrá-lo com base no espelho retrovisor, mas entendendo os seus entraves, realizando as reformas necessárias, a começar pelo compromisso com o ensino fundamental no Brasil. Antes de tudo devemos reconhecer, estudar e divulgar as propostas do então Engº André Pinto Rebouças, um brasileiro que nem mesmo é reconhecido por brasileiros que hoje se denominam afrodescendentes.

Fatos que nos são apresentados, que evidenciam a péssima gestão no Brasil, não sensibilizam a sociedade, a título de exemplo cito um dado que nos deveria preocupar e muito: a média de permanência dos estudantes brasileiros de 4 a 17 anos é de 3,47 horas por dia, abaixo das 4 horas estipuladas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). O resto do tempo é de ociosidade, pois nada é feito para que sejam autodidatas, sendo a rua o destino certo.

A informação nos está sendo repassada pelo pesquisador da FGV Marcelo Néri, a partir de um levantamento por ele coordenado. Apenas 31,4% dos alunos brasileiros ficam mais de quatro horas dentro da sala de aula, ao passo que a média nos países integrantes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 45,7%. E o pior é que sabemos que um aluno do ciclo fundamental no Brasil deveria ficar no mínimo 6 horas em sala de aula, com ideal de 8 horas de permanência nas escolas. E quando nos referimos à sala de aula, devemos incluir os laboratórios de física, química e biologia, assim como oficinas de artes, música, marcenaria, cozinha experimental e outras. Nas escolas comunitárias ou rurais a inclusão obrigatória de atividades de campo.

O brasileiro é inimigo do Brasil

O Brasil é recordista em acidentes de trabalho e acidentes de trânsito, sendo que não encontramos mais uma única família que não tenha tido um de seus membros vitimados por estes acidentes. Mas o ensino de conceitos de energia (energia potencial, cinética, térmica, radiofreqüência, elétrica, usw.) não é abordado no ensino fundamental, muito menos de forma prática. Sem os conceitos de energia o brasileiro deixa de ter noção dos efeitos que a energia pode produzir.

O brasileiro é inimigo do Brasil

E os resultados, da má gestão começam bem próximo do responsável por irradiar a má gestão no Brasil: o PresiMente Luiz Inácio Lula da Silva. No Distrito Federal observa-se um índice (4,38 horas diárias), mas o Correio Braziliense (Jornal local) mostra que mesmo lá os estudantes sofrem com as faltas dos professores e a ameaça constante de greve.

Sabemos que o ensino superior gratuito é o principal mecanismo e a pior forma de se promover a concentração de riqueza e renda no Brasil, mas temos também no ensino fundamental damos importante contribuição neste sentido. A parcela dos 20% mais ricos permanece 4,35 horas, e os 20% mais pobres ficam somente 3,56 horas.

O brasileiro é inimigo do Brasil

Já nos disse um Senador: se algum país tivesse um plano para reduzir o Brasil a escravo, "não teria estratégia melhor do que abandonar a educação de nosso povo, como nossos próprios dirigentes fizeram ao longo de décadas". Pior é que agora elegemos um analfabeto para completar o serviço, dando-nos o pior exemplo, ignorantes como ele desconhecem ou desconsideram que já tivemos entre um dos brasileiros mais ilustres o Engenheiro André Pinto Rebouças, que ao contrário de invocar privilégios soube apresentar propostas que seguramente seriam levadas a termo, não fosse a quartelada que se seguiu, ferindo toda uma Nação, deixando uma sequela que até hoje não eliminar.

E o pior, nossos políticos em Brasília não podem informar ou alegar que não conhecem a realidade. Agora foram divulgados os resultados do ENEM 2008, e não houve grandes surpresas. E que não me venham com as justificativas de que os colégios de Aplicação das Universidades Federais estão entre os melhores, pois estes colégios são fruto de um sistema corporativo, na linha do socialismo de privilegiados, estes colégios se destinam aos filhos de professores e funcionários das próprias universidades, onde crianças do entorno não encontram vagas. Outro dado que se confirmou novamente no ENEM do ano passado foi a falência da rede pública. Das mil piores escolas do país de acordo com os resultados no exame, 965 são estaduais. Na ponta de cima, a situação se inverte: das mil melhores, só 36 são administradas pelos governos estaduais, embora 85% dos estudantes de ensino médio frequentem estabelecimentos do Estado.

Consulte o resultado de todas as escolas no ENEM. Pesquise por nome, estado ou cidade:

http://epoca. globo.com/ edic/571/ consulte_ o_resultado_ do_ENEM.xls

Somos recordistas no uso de agrotóxicos.

O título não é um péssimo negócio. O pior título é o desempenho de nosso ensino fundamental, que traz consigo também um péssimo desempenho no que se refere à educação ambiental. O mais grave é que não privilegiamos a educação fundamental, que, por conta desta falta de compromisso, de um lado leva ao uso descontrolado e acidentes, muitas vezes fatais na sua aplicação de agrotóxicos - fruto da ignorância - e de outro não leva às pessoas do campo para as universidades e vice-versa, para que venham aperfeiçoar técnicas, mas o mais grave é que não investimos em P&D - Pesquisa e Desenvolvimento para desenvolver nossos produtos, é aí que reside o maior problema, são empresas de outros países que ocupam este espaço, por ignorância de nossos governantes. Em especial o atual presiMente.

Ainda que requeiram tempo, as soluções existem. Mas, dependem de pesquisa científica, projetos sérios e planejamento. Em resumo, de uma boa administração e de uma boa engenharia, que inclui também a Agronomia.

Mas, e os administradores? E os engenheiros?

Esta pergunta os eleitores do sr. Luiz Inácio Lula da Silva não souberam fazer. Mas isso não é novidade, pois o Professor Dr. Stephen Kanitz (FEA/USP), nacionalmente conhecido como colunista em importantes jornais e revistas de circulação nacional, já nos vem alertando para a causa da má gestão pública:

http://www.kanitz. com.br/veja/ pais.asp http://www.kanitz. com.br/veja/ faltam_engenheir os_governo. asp

E já que citei o Prof. Kanitz, recomendo o artigo - neste ele foi brilhante:

http://www.kanitz. com.br/impublica veis/defesa_ da_classe. asp

"O Estado é a grande ficção através da qual todo mundo se esforça para viver à custa de todo mundo." (Frédéric Bastiat)

Infelizmente o que temos no Brasil é a falta de compromisso com o ensino fundamental, está longe de ser de qualidade e distante do papel que lhe cabe, o de potencializar o brasileirinho para a vida. O brasileiro é o principal inimigo do Brasil. E o que é pior, desconhece verdadeiros brasileiros como os Engenheiros Rebouças.

O brasileiro é inimigo do Brasil

Veja os resultados das Olimpíadas, somente tivemos casos isolados de sucesso, onde se observa fatores outros que não as escolas na consecução dos mesmos. Temos um bom desempenho esportivo, mas graças ao futebol que é uma atividade desportiva livre, normalmente realizada em um campinho ou no meio da rua, sem supervisão, privilegiando os que se destacam, mas excluindo os que possuem baixo desempenho ou pouco talento.

As nossas escolas não possuem ensino musical, artístico, são raras as que possuem oficinas como marcenaria, cozinha experimental, ferramentaria, usw.. Laboratórios então, nem pensar, não são disponíveis nem mesmo nas escolas de segundo grau e até mesmo em muitas universidades, as estaduais e federais em especial. Em todas elas se observa uma arquitetura que no alemão chamamos de "Verbaut", e isso é uma vergonha. O espaço físico é sempre um dos piores, a estrutura adaptada, não há espaço para as atividades esportivas e lúdicas e muito menos o espaço é ambientalmente adequado. Observar regras de um bom e harmonioso paisagismo, nem pensar. Em termos de segurança um dos piores espaços para nossas crianças, oferecem riscos dos mais diversos. Se um técnico ou engenheiro de segurança fizesse uma inspeção em escolas públicas e na grande maioria das privadas ou confessionais, facilmente seriam interditadas.

O brasileiro é inimigo do Brasil

Optamos pela Cultura da Lombada, mas atuar nas causas não é compromisso dos brasileiros. Aqui os pais perguntam aos seus filhos se eles irão passar de ano, mas não questionam se estão aprendendo. Em resumo, um país de merda! Desculpe-me, mas somente pode ser isso, quando não se conhece e não se cobra o verdadeiro papel do Estado, cuja leitura espero lhes permitam refletir entre a causa e os efeitos.

"Nada é mais terrível do que uma ignorância ativa". (Johann Wolfgang von Goethe - 1749-1832 - Escritor alemão, um dos maiores vultos da literatura européia)

Enquanto o mundo vive a era do conhecimento, aqui, por conta do exemplo do sr. Luiz Inácio Lula da Silva, vivemos a era da mentira e desvalorizamos a educação fundamental.

"Quando alguém mente, está roubando de alguém o direito de saber a verdade. Quando alguém trapaceia, está roubando o direito à justiça". (Khaled Hosseini em The Kite Runner - O caçador de pipas. Tradução de Maria Helena Rouanet - Editora Nova Fronteira)

O ensino fundamental é e deve ser a principal preocupação dos brasileiros, pois sem ele iremos tirar o futuro de milhões de brasileirinhos, pois de nada adiantará o esforço, talento, criatividade, usw., pois irá necessitar da educação para poder potencializar este esforço, talento, criatividade, usw., caso contrário, uma pequena minoria encontrará apenas espaço em seu talento individual, seja como esportista ou artista. E mesmo assim sua valorização ocorrerá em países onde existem pessoas que saberão e poderão reconhecê-lo, tal qual ocorre com os Ronaldinhos, Cacás, Alex, usw. Isso sem contar que o maringaense Alex é hoje um cidadão japonês.

http://www.maringa. com/esporte/ futebol/alex. php

A grande maioria será alvo das chamadas "bolsas-esmolas" ou irão fazer parte da diáspora econômica brasileira.

A questão é que na verdade a Era do Conhecimento já começou e muitos não se deram conta, a começar pelo atual "ocupante" dos Palácios da Alvorada e do Planalto, onde quase não aparece para trabalhar, bem como da "Granja do", de onde sai, "Torto".

Sabe-se que a cada dois séculos, aproximadamente, o mundo passa por transformações profundas e assim tem sido, pelo menos desde o Renascimento até hoje. Esse momento é aquele de mais uma transformação drástica, em que os valores e a cultura são varridos, para dar lugar a outros, absolutamente novos e ainda desconhecidos em grande parte.

"As massas não buscam a reflexão crítica: simplesmente, seguem suas próprias emoções. Acreditam na teoria da exploração porque ela lhes agrada, não importando que seja falsa. Acreditariam nela mesmo que sua fundamentação fosse ainda pior do que é." (Eugen von Böhm-Bawerk 1851-1914)

Hoje já estamos perto do momento em que mão-de-obra, terra e capital não serão mais os melhores recursos em termos de retorno, basta ver que o ícone do empreendorismo a nível mundial é Bill Gates, o qual apenas necessita contar com suas parcerias, o capital humano.

A riqueza hoje vem do conhecimento. As oportunidades serão daqueles que souberem usá-lo e partir dele encontrar uma nova forma de atuação e relação com a sociedade.

Isso pode parecer um tanto abstrato, em especial àqueles que pregam as teorias socialistas, fundamentadas na privação da liberdade individual e econômica, na contestação do direito da propriedade e principalmente no direito à vida, a começar pelo fato de pregarem o assassinato intra-uterino. De igual modo, se pensarem diferente, é motivo para retirar deste cidadão a liberdade, sua propriedade e até mesmo a vida, o Século XX foi o melhor exemplo, mais de 100 milhões de mortos, incluindo os 6 milhões mortos, na sua maioria de fome, que o revisionismo chinês produziu nos anos 60. Felizmente Nixon se aproximou dos chineses e estes entenderam que a partir do famoso jogo de ping-pong deveriam dar passos rumos a liberdade econômica.

Para os não são iniciados no estudo dessas transformações e é natural que assim seja. Por outro lado vejamos alguns aspectos práticos e que comprovam o que falamos:

  1. é cada vez menor a necessidade da mão-de-obra tradicional, de manufatura, daqueles que o "ocupante quer ver com a carteira assinada". É maior a necessidade de pessoal de conhecimento, como provam os dados de aumento de produção e diminuição de empregos nos países desenvolvidos, e em efetivo desenvolvimento, como a China que importa de nós o minério de ferro, sem valor agregado e inunda o mundo com produtos com alto valor agregado, gerando emprego, riqueza e fundamentalmente a distribuição de renda.
  2. por outro lado, tem caído a produtividade do pessoal de serviços e soluções, usuários de sistemas de dados e informações, como mostra o crescimento de seus quadros, maior do que o crescimento da economia, o que vale dizer que se deve investir muito ainda no aprimoramento do conhecimento desse pessoal.
  3. a produtividade desse pessoal está caindo por causa da implementação de novas técnicas e sistemas sem um completo treinamento e sem que se tenham abandonado, de fato, todas as ações anteriores, sobrecarregando os funcionários e gastando-se recursos em tarefas que não acrescentam valor.

Poderíamos citar dezenas de exemplos, fatos e análises que comprovam a necessidade urgente de alterar profundamente a forma de trabalho das organizações, a começar pelos assentamentos do MST, que nada mais faz do que na maioria dos casos levar a miséria para o campo, pois sem conhecimento adquirido baseado no estudo, em esspecial quanto a boa gestão do cooperativismo, não saberão potencializar suas iniciativas, constituindo- se, como de fato são, parasitas sociais.

O fato é que na organização tradicional as chefias não "gerenciam" e sim dão ordens para baixo e informações para cima. No momento em que a informação está disponível, como está e estará cada vez mais, o trabalho desses homens se torna redundante e caro demais.

Na empresa da Era do Conhecimento, a base é a responsabilidade de seu pessoal, pois sua chefia nunca ocupou aquela função.

Essa transformação implica passar a ter pessoas muito mais preparadas e atualizadas, com a capacidade de visão e que ajam e se sintam como donos daquele negócio, ou seja uma parceria completa e profunda.

A educação, ou reeducação, deverá ser muito mais voltada para o futuro provável do que para a certeza do que já ocorreu no passado. As pessoas terão que aprender a aprender, em lugar de repetir as lições ensinadas.

"A incerteza do futuro exige que as pessoas saibam aprender a aprender, em lugar de repetir as lições ensinadas e aprender a aprender é próprio dos primeiros anos de estudo, durante o ensino fundamental, que deve ser de qualidade." (Gerhard Erich Boehme)

Não se fala aqui, por ser um capítulo à parte, quais são as perspectivas que a globalização vai trazer em relação à mudança de perfil de mercado, sejam fornecedores ou clientes, e que já estão afetando o equilíbrio conhecido até hoje.

A nova realidade obriga a que as empresas avaliem o quanto de trabalho e de mudanças deve ser feito, a partir de sua cultura, passando por estratégias (cada vez mais flexíveis e próximas do nível operacional) , até a sistematização dos novos procedimentos, em função unicamente do atendimento à satisfação do mercado.

Ao tomar consciência dessa realidade, a empresa, porém, esbarra com o aspecto prático de como fazer essa série enorme de mudanças, seja pelo aspecto de preparo de seu pessoal, seja pelo investimento que isso pode representar. A primeira análise nesse momento deve ser quanto ao custo x benefício entre sobreviver (até quando?) ou partir para um programa de mudanças, com amplo envolvimento de sua diretoria e de seus colaboradores.

O uso de consultorias externas, visando obter metodologias e acelerar as mudanças, além de não expor a diretoria a grandes embates com seu pessoal, é a prática mais usada no Primeiro Mundo, caso a empresa não possua recursos próprios e pessoal que possa cuidar desses aspectos de gestão de forma profissional e atualizada. Um bom planejamento pode permitir à empresa ousar uma solução, que seja passo a passo, enquanto começam a ser colhidos os resultados do trabalho.

O importante é que as nossas empresas estejam abertas para absorver tudo o que existe de novo e que possa representar uma melhoria ou um salto em direção a uma condição de maior atualidade, porque o resto do mundo não irá esperar por nós.

O recomeço de tudo está na mudança da visão, da percepção de futuro e conseqüentemente na cultura. Sem dúvida, o primeiro grande passo a ser dado é o de assumir que não existirá mais lugar para empresas administradas conforme padrões tradicionais, com visão paternalista, atitudes intimidadoras, ou chefias que não tenham competência para liderar e facilitar. Isso posto é preciso que se inicie uma verdadeira maratona em busca da montagem de equipes de trabalho que possam participar ativamente dessas mudanças e semear os novos paradigmas.

A mudança não é mais um fato especial e deve ser a única certeza incorporada à vida das empresas e das pessoas, as quais tem a responsabilidade de definir para que rumo irão suas empresas e suas próprias vidas.

O brasileiro é inimigo do Brasil

Quanto ao Brasil, aos brasileirinhos, não cabe mais acreditarmos que só exportando produtos sem valor agregado, as commodities em especial (minério de ferro, soja, café, usw., teremos desenvolvimento. Produtos sem valor agregado apenas promovem a concentração de renda.

Vejamos o melhor exemplo do "atual ocupante", ele defendia a CPMF, não entendendo que era uma aberração tributária, não possuia um fato gerador consistente, incidia sobre uma operação financeira, que na área comercial está relacionada a um sistema de troca entre a moeda depositada no banco ou empréstimo efetuado por este, com uma mercadoria ou serviço. Para produtos e serviços com maior valor agregado, que passa por sucessivos estágios de manufatura, maior é a tributação, onerando este tipo de produto ou serviço, pois estes custos irão ao produto final. Ocorre que é este tipo de produto é o que gera mais emprego, riqueza e renda. Produtos com maior valor agregado são propulsores da distribuição de renda.

Basta comparar a venda de um produto com baixo valor agregado, como a soja, álcool, minério de ferro, usw..

Como exemplo, cito o café produzido no interior do Espírito Santo e o comparo com uma bandeja de produtos derivados de carne de frango, esta produzida no interior de Santa Catarina, ambos para exportação.

Quantos empregos são gerados para cada um destes produtos e como produtos com valores agregados promovem a distribuição de renda?

No caso do café, do agricultor para o saco, deste para o caminhão e para o porto, sua produção beneficia os produtores rurais, os fabricantes de insumos, defensivos e fertilizantes, e poucos outros, ao passo que os produtos derivados de frango também beneficiam estes agentes econômicos, pois os frangos necessitam de ração, normalmente produzidos a partir do milho e da soja, serão transportados até o porto, usw.. Mas no caso dos produtos derivados de frango, além de termos o grande benefício de uma indústria no beneficiamento, temos os fabricantes de embalagens, operadores de logística para todos os produtos e serviços, incluindo manutenção e fabricação da infra-estrutura necessária, usw. Os produtos com alto valor agregado, como um avião da EMBRAER, um Fox da Volkswagen, como os derivados de frango saem do Brasil para serem levados direto para o consumidor final, no caso a gôndola do supermercado na China, Suécia, Suíça ou Alemanha, enquanto que o minério de ferro, a soja e o café terá todo processo de beneficiamento em outros países, gerando lá emprego, riqueza e renda que poderiam ser gerados aqui, se produzíssemos mais café solúvel, extrato concentrado de café, óleo de café, usw., ou como a Melitta, uma multinacional alemã (http://www.melitta. de/) que produz mais de 300 produtos, sendo destes 17 fármacos, todos só do café, em que pese na Alemanha se produza poucas toneladas por ano de café e assim mesmo somente para fins de pesquisa e em ambientes artificiais, como estufas.

Onerando os processos que visam produzir produtos com alto valor agregado, com uma tributação em todas as etapas de sua cadeia produtiva, em cada relação com fornecedores e terceirizados, este produto deixa de ser competitivo no mercado internacional e mesmo nacional.

O brasileiro é inimigo do Brasil

É inimigo do Brasil, pois acredita que ideologias irão promover o nosso desenvolvimento, desta forma conferem aos polícos de todas as matizes cada vez mais poderes. Mas são eles que através de suas decisões asseguram a perda de competitividade das empresas também no mercado interno. O fazem através da excessiva tributação.

No mercado interno quando o nosso produto compete com o importado, perde a indústria, não são gerados empregos, riqueza e renda, bem como não se pode remunerar condignamente o capital de quem resolveu investir em solo brasileiro, seja ele vindo de um brasileiro, árabe ou um alemão.

Entendam o porquê que muitas empresas brasileiras possuem filiais em outros países mais competitivos, onde o "custo Brasil" não é tão elevado.

O que fazemos? Viramos personagem do livro de Luciano Pires (www.lucianopires. com.br): "Brasileiros Pocotó".

Apoiando este tipo de coisa, apoiando ou deixando que nossos políticos clientelistas e corruptos tomem decisões impunemente, apenas estamos endossando que os políticos continuem com a má gestão pública.

"A qualidade do ensino público só melhora na Universidade porque nela estão os formadores de opinião pública e um seleto público votante". (Gerhard Erich Boehme)

A educação não é mais prioridade, deixou de ser com a quartelada que muitos chamam de "Proclamação da República". Entenda a razão da afirmativa: www.monarquia. org.br e www.brasilimperial. org.br Acesse também www.pf.org.br.

No meu entender esta aberração é um dos principais entraves ao nosso desenvolvimento, senão o principal, pois dele decorrem os demais problemas dos brasileiros, inclusive o clientelismo político.

Quanto a criminalidade, entendo que a sociedade brasileira viu a escalada acontecer simplesmente porque o Estado deixou de cumprir minimamente com a sua principal função: punir aqueles que usam da violência ou da fraude em suas relações com os demais cidadãos e não solucionou os seus principais entraves ao desenvolvimento, o ensino fundamental de qualidade em especial.

Para que o Brasil seja efetivamente um país justo, devemos resolver os nossos principais entraves ao desenvolvimento, pensar no dia de amanhã dos brasileirinhos de hoje é um deles. É o principal deles.

Não priorizar o ensino fundamental é, no meu entender, o mais perverso entrave ao nosso desenvolvimento e o fator que mais contribui para colocar o jovem na criminalidade, pois está associado ao baixo investimento na área do ensino fundamental (http://www.todospel aeducacao. org.br/ ), que não é universal e muito menos de qualidade.

"As universidades públicas entraram em colapso, supostamente por falta de recursos, mas vítimas do corporativismo retrógrado que sonha com tempos passados de dinheiro farto e sem controle. Produzir conhecimento e vendê-lo seria um dos caminhos. Mas isso custa trabalho. Melhor queixar-se do governo, ou fazer greves". (Onofre Ribeiro em Percepções sobre 2006 e 2007)

Optamos por privilegiar os gastos na área da educação para o ensino superior gratuito, criando um dos mais perversos mecanismos de concentração de renda, dos impostos pagos pelos mais desfavorecidos, a maior parte é destinada às universidades estatais, onde seguramente a totalidade dos mais pobres não tem acesso, mesmo com as políticas revestidas de falta de meritocracia, demagógicas e populistas de cotas. É o efeito Robin Hood às avessas.

"A qualidade do ensino público só melhora na Universidade porque nela estão os formadores de opinião pública e um seleto público votante". (Gerhard Erich Boehme)

Pior é a criação da mentalidade do universitário brasileiro, a futura elite intelectual - vale lembrar que aqui estou utilizando corretamente o termo "elite" e não "as Zelite" como mencionam os atoleimados e ideologicamente estressados - que é honesto e moral viver à custa do Estado, deixando de lado a compreensão clara que qualquer gasto público é coberto pelos impostos, que sabemos muito bem impede também o nosso desenvolvimento.

"O manicômio tributário brasileiro é altamente concentrador de renda, senão vejamos: apenas 33,26% da carga tributária da União são oriundas das Receitas Tributárias (qualitativas – incidem somente sobre a renda e o lucro), os 66,74% restantes são oriundas das Receitas de Contribuições - quantitativas – incidem, direta ou indiretamente, sobre todos os brasileiros de forma eqüitativa – sejam milionários ou miseráveis". (Professor Ricardo Bergamini - UFSC)

Fonte:

Professor Ricardo Bergamini

E-mail: ricoberga@terra. com.br

Entenda o porque o brasileiro é o inimigo do Brasil:

O ensino superior deve ser sempre pago, pois existem meios para tal, entre os quais temos:

  1. sistema de crédito educativo eficaz e justo;
  2. bolsas por parte do governo atreladas ao desempenho no ensino básico ou outro critério de competência e não de privilégio, como se verifica agora nos sistemas de cotas, nos casos dos brancos, negros, mestiços, amarelos, ruivos, laranjas ou polacos – sendo livre a escolha por parte do aluno a entidades de ensino superior, podendo optar por uma federal, estadual, confessional e particular, àquela que melhor mostrar sua competência – estimulando a competência e a concorrência e não o corporativismo ou o privilégio;
  3. cooperativas de crédito;
  4. bolsas por parte das empresas;
  5. financiamento direto, tal qual hoje nas particulares ou confessionais;
  6. pago pela própria instituição de ensino mediante prestação de serviços de monitoramento e outros - o aluno presta serviços à entidade;
  7. bolsa por parte das entidades de ensino de segundo grau para aqueles que tiveram ótimo desempenho nesta fase;
  8. prestação de serviço civil ou militar obrigatório, no qual seriam remunerados pelo piso mínimo da categoria, mas teriam que prestar serviço - pelo mínimo da categoria - por dois ou três anos nas localidades em que forem designados pelas forças armadas;
  9. fundos de investimentos;
  10. através das ONGs ligadas aos direitos dos afrodescendentes, dos índio, dos ...;
  11. bolsas de esporte, destinadas a atletas olímpicos ou com potencial olímpico, tal qual adotado nas Universidades Norte-americanas, constituindo- se um excelente incentivo ao esporte e a garantia de uma vida profissional plena após a idade de disputa;
  12. imposto de renda negativo, tal qual propostos por Milton Friedman, para idade dos 17 aos 25 anos;
  13. ou outra forma criativa, afinal somos mestres nesta questão ...

A criação de fundos de investimentos seria seguramente a melhor alternativa, pois se cria a mentalidade da poupança interna, é a modalidade que poderia servir de modelo para um processo de transição, no qual o Estado capitalizaria o potencial aluno durante, digamos uma década ou até mesmo uma geração, até que o sistema adquirisse a sua gestão independente.

"A retórica é sempre a mesma. Basta que determinados crimes hediondos ganhem a opinião pública para alguns formadores de opinião e representantes do povo, todos hipócritas, se juntem em um só coro para não reconhecer as suas ineficiências ou erros, as suas substanciais contribuições para o aumento da violência, enfim, que as suas opiniões estão na contramão da efetiva política criminal". (Edson Pereira Belo da Silva)

"O dia em que o cidadão comum compreender que é ele, o verdadeiro e único contribuinte, de todos os impostos, certamente vai arregaçar as mangas e ajudar a corrigir muitos absurdos da nossa sociedade, a começar pelo ensino superior gratuito." (Gerhard Erich Böhme).

A cultura do "dinheiro do Governo" foi reforçada pelos "benefícios sociais" (vale-coisa e cesta-de-coisa) , e ao governo é atribuída a responsabilidade por manter o cidadão vivo (ainda que na miséria).

"Somos pobres porque acreditamos na distribuição e não na produção de renda, este resultado do empenho de todos quando se observa o esforço em poder competir com liberdade e dignidade, observando a Filosofia da Liberdade¹, o Estado de Direito e o Princípio da Subsidiariedade" . (Gerhard Erich Boehme).

Entenda a Filosofia da Liberde: http://isil. org/resources/ introduction- portuguese. swf

Acreditar na produção de renda é potencializar o brasileirinho para a vida, para que ele possa aproveitar as oportunidades que o Brasil lhe dá, mas que infelizmente os políticos com seu clientelismo lhe tira.

"Educação serve pouco se as pessoas não forem livres. É só lembrar o que aconteceu nos países socialistas, onde a educação era considerada de qualidade. (Odemiro Fonseca em "Benefícios da liberdade" - O Globo de 04/01/2007, página 7)

O assunto é polêmico, eu sei, mas temos que romper o modo brasileiro de pensar em viver à custa da "coisa" pública, na realidade dos outros que trabalham ou já trabalharam, usando talento, criatividade e esforço próprio. Deve começar com "as chamadas elites", que seja a intelectual, em especial a que está sendo formada para criar um Brasil onde o clientelismo não tenha mais espaço.

É fácil desresponsabilizarm os-nos das nossas decisões imputando-as ao acaso ou a qualquer bode expiatório, como à "Zelite", à globalização ou aos chamados "neoliberais" , que estes que a mencionam nem mesmo sabem qual o significado desta palavra.

"O Brasil só tem uma opção: ensinar os jovens universitários a atingirem seu potencial, através do esforço próprio, de seus estudos, desenvolvendo sua criatividade, talento e senso de oportunidade e rechaçar qualquer iniciativa que vise retirar recursos do cidadão que paga impostos. Caso contrário estaremos endossando a demagogia de se formar parasitas sociais." (Gerhard Erich Boehme)

O professor José Márcio Camargo, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, fez as contas sobre a natureza das despesas sociais (educação, saúde, previdência e assistência social), chegou à conclusão que do total de recursos gastos com educação, por exemplo, mais de 60% se destinam às universidades estatais (Federais e Estaduais), onde estudam os mais favorecidos. Seguramente este é um dos processos mais nefastos de concentração de renda, pois cria a mentalidade de se servir do Estado, na realidade dos que pagam impostos, pois o Estado é uma entidade virtual que muitos teimam em torná-la parte do seu dia-a-dia. Temos sim é o brasileiro, as comunidades e o povo brasileiro. O Estado foi criado para servir ao povo, não o contrário.

Pior agora com a Reforma Universitária proposta pelo sr. Luiz Inácio Lula da Silva, quando ampliou a dotação orçamentária dos atuais injustos 60% para 75% dos gastos com educação serem destinados ao ensino superior gratuito. Ele não é apenas conivente com esse processo de concentração de renda, como é também responsável por ele.

"As universidades públicas entraram em colapso, supostamente por falta de recursos, mas vítimas do corporativismo retrógrado que sonha com tempos passados de dinheiro farto. Produzir conhecimento e vendê-lo seria um dos caminhos. Mas isso custa trabalho. Melhor queixar-se do governo, ou fazer greves". (Onofre Ribeiro em Percepções sobre 2006 e 2007)

A minha proposta é, para que possa ser justa, que todo o cidadão brasileiro, dos 17 as 24 anos, tenha durante 5 anos uma bolsa, digamos "bolsa projeto de vida" e cabe a ele decidir se deve:

  1. utilizá-la para pagar os seus estudos;
  2. para uma poupança permitindo abrir seu negócio próprio;
  3. para investir em ações, se optar por ser ou continuar a ser empregado.

Esta é uma proposta que "acho" justa, pois alcançaria a todos os que vivem no Brasil nesta faixa etária. Afinal, como consta na nossa Constituição: todos são iguais perante a lei. Ou devemos ser coniventes com os privilégios ou mecanismos concentradores de renda?

Justa, sim... ... mas quem paga?

Uma proposta justa, porém não seria suportável pela sociedade que trabalha e paga impostos e que seguramente iria causar muito mal a nossa juventude, tirando dela o principal desafio que é o de batalhar no início de sua carreira profissional e obter a sua dignidade através do esforço, talento, criatividade e empreendedorismo próprio.

O resultado deste entrave é que ensinamos aos nossos jovens, os que irão formar a elite intelectual brasileira, não as "Zelites" como pregam os atoleimados e ideologicamente estressados, que é "justo" viver à custa do Estado, na realidade dos outros que trabalham e pagam impostos, sem contar que lhes retiramos uma das principais oportunidades para obter dignidade através do esforço próprio, logo no início de suas carreiras.

Luz no fim do túnel.

Felizmente temos em curso uma das mais importantes mobilizações nacionais, não em defesa de interesses de minorias ou grupos de pressão, mas sim de toda a sociedade que se vê refém de nossos políticos corruptos e clientelistas: http://www.deolhono imposto.com. br/

Ficam algumas perguntas ao Sr. Márcio Pochmann e aos professores da USP, UNICAMP, UNESP, usw.:

  1. De onde vêm os recursos para manter estas instituições públicas - as Universidades Estaduais? E as Universidades Federais?
  2. O que está sendo feito ou planejado para que deixe de ocorrer este processo de concentração de renda?
  3. Quais os argumentos que me faltam para deixar de afirmar com todas as letras que o ensino superior gratuito é um dos mecanismos mais perversos de concentração de renda?
  4. Quais os argumentos que me faltam ou onde estão as evidência de que a frase do Professor Ubiratan Iorio de Souza não é verdadeira?

"Não se conhece nação que tenha prosperado na ausência de regras claras de garantias ao direito de propriedade, do estado de direito e da economia de mercado." (Prof. Ubiratan Iorio de Souza)

Mas o que fazer? Como mudar o rumo desta tragédia brasileira?

Devemos nos concentrar em quatro questões fundamentais:

  • melhoria da qualidade e do alcance do ensino fundamental, exigindo maior participação das comunidades religiosas, a exemplo dos ensinamentos de Martin Luther: Em cada comunidade uma igreja e ao lado desta uma escola. É fundamental entendermos o princípio da subsidiariedade e a nossa responsabilidade nesta área.
  • reduzirmos o tamanho do Estado, privilegiando seu papel fundamental, eliminando toda demagogia, clientelismo e paternalismo posto em prática até o momento, assegurando que o brasileiro não seja escravo da excessiva carga tributária, que hoje o torna escravo, se não totalmente ao menos 40% do tempo em que trabalha.
  • criarmos a cultura de agregarmos valor aos produtos, assegurando maior geração de emprego, riqueza e renda. E o que é fundamental, assegura melhor distribuição de renda.
  • denunciarmos que o clientelismo político² continue a tomar conta do Brasil, em especial rejeitarmos a possibilidade de seu o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa continuar no Senado Federal e seu partido o domínio do Congresso, bem como que este dê sustentação à oclocracia em curso no Brasil.

"Um Estado, o chamado 1º Setor, deve apenas atuar subsidiariamente¹ frente ao cidadão e não estar voltado para ocupar o papel que cabe ao 2º Setor - pois assim se cria o estado empresário e com ele fomenta-se o clientelismo, a corrupção e o nepotismo - ou 3º Setor - pois assim se promove o Estado populista que cria ou alimenta os movimentos (antis)sociais, o paternalismo e o assistencialismo, bem como que abre espaço para a demagogia político e perda da liberdade e responsabilidade do cidadão. Caso contrário ele acaba criando o 4º Setor - quando o poder coercitivo (tributação, defesa nacional, justiça e segurança pública) do Estado deixa de ser exercido por ele e é tomado por parte de segmentos desorganizados ou não da sociedade - cria-se então o Estado contemplativo, que prega a mentira, pratica a demagogia e o clientelismo, com seu capitalismo de comparsas sem livre mercado ou o socialismo de privilegiados, sem que o Estado tenha possibilidade financeira e competência de assegurar benefícios a todos, e cria o caos social através da violência e desrespeito às leis". (Gerhard Erich Boehme)

Entenda melhor: http://www.youtube. com/watch? v=GwGpTy- qpAw

A função do Estado é servir ao povo, servir à sociedade dos homens. Servir significa sustentar, valorizar e tornar cada vez mais equilibrada a realidade do povo, não retirando do cidadão sua autonomia, mas sim realizando somente aquilo que as Províncias, Cidades, Comunidades, Famílias e finalmente o indivíduo não podem fazer. Em uma sociedade sadia, primeiramente as pessoas se organizam em grupos e movimentos dentro de um contexto de comunhão e afinidades, para responder às necessidades profundas e às exigências originárias de cada pessoa, depois sim entra o Estado na vida do cidadão, não como uma entidade formada por parasitas, mas que realize aquilo que o cidadão não pode ou não tem interesse em realizar.

O brasileiro é inimigo do Brasil

A sociedade brasileira anseia por um Estado forte em suas competências fundamentais, a começar pela justiça, incluindo, nos Estados, seus primeiros passos através da polícia judiciária (Polícia Civil e Polícia Técnico-cientí fica), segurança pública - prevenção aos crimes, tributação racional, sem privilégios e suportável, relações exteriores, defesa nacional, saúde pública, usw., de forma que o brasileiro tenha bons serviços públicos e saiba realmente o que isso significa:

Bens públicos têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele.

Devemos entender que é prioritário o investimento em saúde pública e educação fundamental, pois são serviços cuja provisão também deve ser garantida subsidiariamente pelo Estado, apesar de que a melhor solução provavelmente se encontra no financiamento a cada contribuinte para aquisição desses serviços, seja diretamente ou através de entidades cooperadas, privadas ou confessionais e não na prestação direta do serviço pelo Estado, sempre em fiel observância ao Princípio da Subsidiariedade. Os gastos estatais nesses setores se justificam porque geram externalidades positivas para a sociedade, que se beneficia de uma população educada e sadia, benefícios estes que não poderiam ser individualmente apropriados por investidores privados. Além disso, existe um argumento normativo: os gastos nessas áreas reduzem as diferenças de oportunidade dos indivíduos no momento da partida do jogo social, para que a partir daí a competição ocorra baseada nos talentos e méritos de cada um.

Devemos privilegiar o direito à propriedade privada, pois ela cria oportunidade e nutre comprometimento em preocupar-se com a idade e adversidades da vida.

Cabe ao Estado ser forte em suas atribuições básicas, que na esfera Federal são: Emissão e controle da Moeda, através de um Banco Central independente, Relações Exteriores, Supremo Tribunal Eleitoral, Supremo Tribunal Federal, Comércio Exterior, Forças Armadas, Segurança Pública nas faixas de Fronteira, Polícia Federal, normatização da Aviação Civil, Marinha Mercante, Vigilância Sanitária e Obras de Integração Nacional, Administração de Parques Nacionais, Administração Indígena, diretrizes de Meio Ambiente, Propriedade Intelectual, Energia Nuclear, e Previdência Pública Federal. Se observarmos o Princípio da Subsidiariedade, podemos concluir que caberia ao Estado apenas a solução de três grupos de problemas econômicos: bens públicos, externalidades negativas e positivas, monopólios naturais.

O que temos: bens públicos são mal geridos e não entendemos o seu significado, externalidades negativas são desprezadas pela sociedade, com destaque ao ensino fundamental que ainda não é compromisso dos brasileiros e os monopólios naturais, os quais estão a serviço de interesses privados. Cabe ao Estado assegurar a liberdade de se empreender. A melhor qualidade de vida, o desenvolvimento e as melhores condições de geração de trabalho riqueza e renda serão consequências naturais, ainda mais para nós brasileiros, que contamos com um potencial enorme de recursos naturais como bem nos lembra o Pesquisador Carlos Nobre no último Planeta Sustentável da Revista Você S/A: "A invenção de uma nova economia".

Acesse:

http://vocesa. abril.com. br/sumarios/ 0125.shtml

Não é à toa que somos um dos países mais violentos do mundo, onde mais de 10% de nosso PIB é gasto com a violência.

Segundo o IPEA seriam 5%:

http://www.nevusp. org/portugues/ index.php? option=com_ content&task=view&id=199&Itemid=29

De todos inimigos do Brasil o pior é o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa

Como o clientelismo político é posto em prática e está sob o comando do Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa

Infelizmente o que vemos por conta do clientelismo posto em marcha, que os eleitores que elegeram o atual ocupantes estão na parte do Brasil que é comandada por um dos principais chefes do clientelismo nacional, estou falando agora do José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, antes mencionava o potiguar Garibaldi Alves Filho, que substituiu o alagoano Renan Calheiros, ambos sob a batuta de José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, hoje denominado como José Sarney de Araújo Costa e conhecido por José Sarney ou simplesmente Sarney. Sarney é o homem que comanda a política clientelista nacional onde o PT foi vencedor, junto com pessoas como Jader Barbalho, Eduardo Braga, Marcelo Miranda, Antônio Waldez Góes da Silva, Binho Marques, Wellington Dias, Cid Gomes, Garibaldi Alves Filho, Omar Aziz, Jorge Ney Viana Macedo Neves, Wellington Dias, Marcelo Déda, Renan Calheiros, Ciro Gomes, Newton Cardoso, Garibaldi Alves Filho, Sérgio Cabral, Roberto Requião, Ney Suassuna, Fernando Collor de Melo, Paulo Salim Malluf, usw., sem contar a forma descarada com que foi conquistado o apoio do Governador do Mato Grosso Blairo Maggi entre o primeiro e segundo turno das últimas eleições. E agora, saindo das fileiras o DEMocratas, o sr. Edison Lobão, o mesmo que pretende criar o Estado do Maranhão do Sul, ampliando e fortalecendo politicamente as pessoas da relação acima.

O brasileiro não acha estranho que nossa política e os desígnios da nação sejam comandados por pessoas com baixíssima representatividade política. Acaso podemos concordar com os critérios que levam à Presidência tanto do Senado como da Câmara, políticos fortemente comprometidos com o clientelismo, pois veja de onde são, qual a representatividade política e a qual partido pertencem.

Foram os seguintes os presidentes da Câmara:

Michel Miguel Elias Temer Lulia (Paulista) 2009 -

Arlindo Chignalia Jr. (PTista) (Paulista) 2007-2009

Aldo Rebelo (Alagoano) 2005 - 2007

Severino José Cavalcanti Ferreira (Pernambucano) 2005

João Paulo Cunha (PTista) (Paulista) 2003 - 2004

Efraim de Araújo Morais (Paraibano) 2002 - 2003

Aécio Neves (Mineiro) 2001 - 2002

Michel Miguel Elias Temer Lulia (Paulista) 1997 - 1999 e 1999 - 2000

Luís Eduardo Maron de Magalhães (Baiano e filho do ACM) 1995 - 1997

Inocêncio Gomes de Oliveira (Pernambucano) 1993 - 1995

Ibsen Valls Pinheiro (Gaúcho) 1991 - 1993

Antônio Paes de Andrade (Cearense) 1989 - 1991

E do Senado:

José Ribamar Ferreira de Araújo Costa - José Sarney (Maranhense) 2009 -

Garibaldi Alves Filho (Potiguar) 2007– 2009

José Renan Vasconcelos Calheiros (Alagoano) 2005-2007

José Ribamar Ferreira de Araújo Costa - José Sarney (Maranhense) 1995-1997 e 2003-2005

Ramez Tebet (Sul-Mato-grossense ) 2001-2003

Edison Lobão (Maranhense) 2001

Jader Fontenelle Barbalho (Paraense) 2001

ACM - Antonio Carlos Magalhães (Baiano) 1997-1999 e 2000-2001

Carlos Mauro Cabral Benevides (Cearense) 1991-1993

Nelson de Souza Carneiro (Baiano) 1989-1991

Humberto Coutinho de Lucena (Paraibano) 1987-1989 e 1993-1995

Se fosse um país sério a representação se daria a partir dos Estados que possuem o maior eleitorado. Não podemos esquecer:

O clientelismo tem a finalidade de amarrar politicamente o beneficiado. Os intermediários de favores, prestados às custas dos cofres públicos, são os chamados clientelistas, despachantes de luxo ou traficantes de influências. O grande objetivo dos intermediários é o voto do beneficiado ou dinheiro (corrupção). (Gerhard Erich Boehme)

Como pode não se questionar a baixa representatividade, a qual torna cariocas, gaúchos, paulistas, usw. cidadãos de segunda classe em seu país?

Senão vejamos:

Na tabela abaixo, preparada pela Assessoria Legislativa da Câmara dos Deputados, temos um quadro comparativo entre todos os estados da Federação e entre as diferentes regiões, em que consta o eleitorado, o número de representantes, o coeficiente eleitoral e o valor do voto federativo. Por ela, podemos diagnosticar as conseqüências da regra contida no artigo 45 da Constituição sobre o sistema "representativo" . Por ser o Estado com o maior número de eleitores de aproximadamente 20.774.9911, o Estado de São Paulo tem direito a 70 Deputados. Por sua vez, Roraima, o Estado da Federação com o menor número de eleitores (119.888) possui oito Deputados, sendo que o valor do voto federativo é de 19,80, ou seja, dezenove vezes mais que o mesmo voto do eleitor de São Paulo. Isso mesmo, um voto de um cidadão de Roraima vale o de 20 paulistas. No Acre, com 263.162 eleitores, e no Amapá, com 197.171 eleitores, a situação não é muito diferente: cada qual possui oito deputados, sendo que o valor do voto federativo do primeiro é de 9,02 e, do segundo, é de 12,04.

Se o brasileiro tivesse consciência política, o partido com maior representatividade seguramente seria o Partido Federalista (

www.pf.org.br), pois é o único que possui compromisso com a liberdade do cidadão, combate o clientelismo e mantém se compromisso com o Princípio da Subsidiariedade.

Pior é a distorção que ocorre no Senado, são três senadores, independentemente do tamanho de sua população. O resultado disso é o constante saque diário da riqueza que se cria no Sul e Sudeste que, através dos impostos, alimenta o clientelismo no Norte, Nordeste e parte do Centro-oeste brasileiro. Agora com a DRU liberada, nem se fala.

E a tendência será piorar, pois o ex-Presidente do Senado já apresentou sua proposta de criar o Estado do Maranhão do Sul e o José Ribamar Ferreira de Araújo Costa - Sarney já trabalha pela criação do Estado do Tapajós e alguns outros.

Faça seus cálculos:

Estados

Eleitorado

Número de Representantes

Coeficiente Eleitoral (CE)

Valor do Voto Federativo

Região Norte

5,809,498

65

89,377

3.32

Acre

263,162

8

32,895

9.02

Amapá

197,171

8

24,646

12.04

Amazonas

1,106,006

8

138,251

2.15

Pará

2,783,131

17

163,714

1.81

Rondônia

692,067

8

86,508

3.43

Roraima

119,888

8

14,986

19.80

Tocantins

648,073

8

81,009

3.66

Região Nordeste

25,434,565

151

168,441

1.76

Alagoas

1,156,990

9

128,554

2.31

Bahia

7,031,624

39

180,298

1.65

Ceará

4,006,533

22

182,115

1.63

Maranhão

2,615,445

18

145,303

2.04

Paraíba

2,091,506

12

174,292

1.70

Pernambuco

4,467,948

25

178,718

1.66

Piauí

1,631,161

10

163,116

1.82

Rio Grande do Norte

1,491,112

8

186,389

1.59

Sergipe

942,246

8

117,781

2.52


Região Sudeste

42,174,832

179

235,614

1.26

Espírito Santo

1,710,729

10

171,073

1.73

Minas Gerais

10,559,739

53

199,240

1.49

Rio de Janeiro

9,129,373

46

198,465

1.50

São Paulo

20,774,991

70

296,786

1.00

Região Sul

15,199,708

77

197,399

1.50

Paraná

5,746,397

30

191,547

1.55

Rio Grande do Sul

6,296,021

31

206,097

1.46

Santa Catarina

3,157,290

16

197,331

1.50

Região Centro-Oeste

6,124,440

41

149,377

1.99

Distrito Federal

1,062,247

8

132,781

2.24

Goiás

2,622,097

17

154,241

1.92

Mato Grosso

1,279,042

8

159,880

1.86

Mato Grosso do Sul

1,161,054

8

145,132

2.04

Total

94,743,043

513

184,684

1.61

Com estes dados acredito que fica mais fácil entender como é feita a política no Brasil e entender onde o atual ocupante do Palácio do Planalto foi eleito para seu segundo mandato e como foi formada a base de apoio ao atual (des)governo, a base afilhada.

"O Brasil não conquistará a sua soberania, seguiremos acreditando em PACs e PIRIPACs e estelionatos eleitorais como 'Bolsa Família' e 'Programa Minha Casa, Minha Vida'. Um país soberano e desenvolvido é construído com base em um ensino fundamental de qualidade e na fiel observância ao Princípio da Subsidiariedade" como princípio máximo e balizador da sociedade". (Gerhard Erich Boehme)

"Não se conhece nação que tenha prosperado na ausência de regras claras de garantias ao direito de propriedade, do estado de direito e da economia de mercado." (Professor Ubiratan Iorio de Souza)

"Para destruir uma nação basta promovermos ideologias que pregam a distribuição de renda, desconsiderarmos a importância do papel coercitivo do Estado e os limites de sua atuação e principalmente não priorizarmos o ensino fundamental de qualidade." (Gerhard Erich Boehme)

"Os dois grandes fracassos do ensino universitário no Brasil são: não prepararam os alunos para a iniciativa privada, empreender em especial, mas o mas grave é que não preparam professores e mestres que saibam ensinar e enfrentar a triste realidade do ensino fundamental no Brasil". (Gerhard Erich Boehme)

"O Estado é a grande ficção através da qual todo mundo se esforça para viver à custa de todo mundo."

(Frédéric Bastiat)

Abraços,

Gerhard Erich Boehme

gerhard@boehme. com.br

(41) 8877-6354

Skype: gerhardboehme

Caixa Postal 15019

80811-970 Curitiba PR